Caminhada Ecológica no Parque Estadual da Serra do Mar

Eis a natureza que te convida e te ama.
Como escreveu o montanhista John Muir, criador do conceito de conservação da natureza: “A paz da natureza fluirá em você como a luz solar flui em árvores. Os ventos soprarão seu próprio frescor em você, e as tempestades sua energia, enquanto as preocupações vão cair como folhas de outono”. Claramente o CIESP de São Bernardo compreende o valor intrínseco de se passar um tempo junto à natureza. No último dia 10 de junho (Domingo) aconteceu a 4ª Edição da Caminhada Ecológica no Parque Estadual da Serra do Mar.
Neste evento, colaboradores da Via Santony, bem como seus familiares tiveram a oportunidade de desvendar a beleza e a história da Estrada Velha de Santos e também rever ou conhecer a Casa de Visitas Alto da Serra, a Casa de Pedra (ou Pouso de Paranapiacaba), Calçada do Lorena e por outros monumentos históricos, como Pouso de Paranapiacaba, Belvedere Circular, Curva do Mirante, Rancho da Maioridade e manter contato com a biodiversidade da Mata Atlântica.

Fotos: Melissa B.Blanco
Caminhando pela História
O Parque Estadual da Serra do Mar, declarado pela UNESCO como Reserva da Biosfera, é um importante pedaço da história do Brasil e abre suas trilhas para os visitantes. Mas muitos que passeiam felizes e extasiados entre jatobás, ipês, guatambús, embaúba, cambuci além dos monumentos históricos da Estrada Velha do Mar não imaginam como seus ancestrais caminharam ardorosamente por trilhas e estradas sinuosas para que o acesso do litoral ao planalto paulista fosse possível. Índios, jesuítas e bandeirantes se enveredavam pela trilha dos Tupiniquins – o Caminho do Mar – para chegar aos Campos de Piratininga e fundar o Pátio do Colégio, que marcou o início da cidade de São Paulo.

Calçada do Lorena (1792) foi o primeiro caminho pavimentado com pedras entre São Paulo e o Porto de Cubatão. O transporte de mercadorias era feito por mulas. (Oscar Pereira da Silva – Calçada de Lorena, 1826, Acervo do Museu Paulista da USP)

foto da Calçada do Lorena – A pavimentação primorosa foi feita com lajes de pedra.
Via Santony – Integração X Melhor Qualidade de Vida
A busca por uma vida mais saudável e consciente tem sido a escolha de muitas pessoas. A Via Santony, sempre engajada em um conceito eco-friendly dentro de sua fábrica, procura criar uma relação fiel com os seus colaboradores mostrando sua responsabilidade socioambiental e selando um comprometimento com os meios que lhes cercam. “Não é apenas a caminhada pela natureza que nos faz conscientes, mas todas as atitudes do dia a dia” comenta Antonio Trombeta
Além deste tipo de evento proporcionar momentos de diversão junto à natureza, de integrar empresa/colaboradores como uma grande família, promove a saúde e bem estar, reduzindo a ansiedade e níveis de estresse.
Agradecemos à todos que tornaram possível esta experiência inesquecível.
Caminho do Mar coleciona nomes e histórias
(Acervo Estadão)
Nascida como trilha em 1560, a rota se tornou a primeira estrada pavimentada da América Latina. Fechada em 1985 para o tráfego de automóveis, a Estrada Velha de Santos, ou Caminho do Mar, faz parte da história de São Paulo. Muitos ainda se recordam do tempo em que aquela estrada de curvas acentuadas era o trajeto imperativo para quem se dirigia à Baixada Santista, antes da inauguração da Rodovia Anchieta em 1947.
É fato que do seu surgimento, no período colonial, até sua desativação, na década de 1980, a rota cumpriu papel fundamental para formação da capital paulista e desenvolvimento do País.
Os caminhos até o mar.
A mais antiga rota do interior do País para o litoral Atlântico surgiu por volta de 1560, quando o governador Mem de Sá recorreu aos jesuítas para que abrissem uma trilha, alternativa às indígenas, para transpor a Serra do Mar. A vereda recebeu o nome de Caminho do Padre Anchieta e tornou-se o caminho usado para o transporte de ouro até Santos e para o comércio de produtos.
A chamada Trilha dos Tupiniquins, também denominada Caminho de Paranapiacaba ou Caminho de Piaçaguera, foi a mais antiga e principal ligação entre o litoral (Baixada Santista) e a vila de São Paulo de Piratininga durante o período colonial.
Uma Viagem Perigosa.
Iniciava-se na vila de São Vicente, atravessava uma área alagada (hoje Cubatão) e prosseguia Serra do Mar acima, até as nascentes do Rio Tamanduateí (no atual município de Mauá) e, daí, ao Córrego Anhangabaú, na aldeia do índio Tibiriçá, em Piratininga (atual Pátio do Colégio, no centro histórico de São Paulo). A trilha passava pelo território dos Tamoios e, apesar de movimentada, nos primeiros tempos da colonização muitos viajantes foram por eles atacados e devorados. O percurso consumia dois dias para subir e um para descer.
Devido ao movimento crescente na Trilha dos Tupiniquins, que, de São Vicente, dava acesso ao Caminho do Peabiru, Tomé de Sousa proibiu o trânsito nessas vias, ameaçando com pena de morte os infratores.
Em 1792, um novo trajeto foi aberto, a Calçada do Lorena. Toda pavimentada em lajes, a notável obra de engenharia do período foi idealizada para dinamizar o comércio e escoar a produção.
Foi por essa rota que o príncipe regente D. Pedro subiu a serra em direção a São Paulo para proclamar a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822. No Brasil Império, em 1844, a rota foi melhorada e ganhou o nome de Estrada da Maioridade em homenagem ao menino regente D. Pedro II. Vinte anos depois, a estrada passou por mais uma reforma e foi reinaugurada como o nome de Estrada Vergueiro em 1864.
Estrada de Rodagem.
No século 20 a rota ganhou mais dois nomes e uma música. A rota chamada então de Caminho do Mar, ou Estrada do Mar, foi usada pela primeira vez por automóveis em 1908, no que ficou conhecido como o primeiro “Raid automobilístico São Paulo- Santos”. Em 1913, ela passou por obras – pedras de macadame foram usadas para cobrir a estrada – e foi adaptada para o tráfego de automóveis.
Na década de 1920 foi pavimentada com concreto e se tornou a primeira rodovia da América Latina. Com a inauguração da Via Anchieta em 1947, a rota passou a ser um trajeto secundário e ganhou o nome de Estrada Velha. Em 1969, a estrada que ainda estava em atividade serviu de inspiração para a canção As curvas da estrada de Santos de Roberto Carlos. Em 1985, ela foi desativada. Desde 2004, a estrada está aberta apenas para passeios turísticos monitorados e agendados. Além de exuberantes paisagens da Mata Atlântica, o percurso reserva um conjunto de monumentos históricos, como o Belvedere Circular e as pedras originais da Calçada de Lorena.

Descida ao Litoral pela Estrada Velha – Anos 20

Descida ao Litoral pela Estrada Velha – Anos 60